Será que as pessoas não percebem quando não atendemos os telemóveis? Poderemos estar ocupados! Poderemos não querer atender! As opções são muitas e variadas e a pergunta que se impõe é: para quê insistir? Para quê? Para chatear? Chove e troveja, como se não fosse haver um amanhã. São cinco da manhã e a minha mãe continua a insistir com os telefonemas: no total, são 7 chamadas não atendidas! Vou sair agora e fazer o caminho para casa, para levar com gritos, levo com eles quando entrar em casa e não pelo caminho!
...de costas voltadas para ele! E não quero que me digam nada. E não quero que me liguem ou que me enviem mensagens: sem quê, nem porquê, sinto-me triste, magoado e irritado! Pondero apagar a minha conta de Facebook. Pondero apagar também a conta do Twitter. Pondero apagar toda e qualquer rede social que eu tenha, porque já conheço a maior parte dos queixumes e do que se escreverá ali: no fim de contas, essas coisas não me servem de nada! Irritado com o Mundo, mas é para lá que vou voltar. Faço aqui o meu "log out" e regresso a casa, para sair para o Mundo uma vez mais!
E penso mesmo que pode ser assim: uma atitude de importância transforma-se num gesto de desprezo; palavras diárias transformam-se numa ausência constante; um grande amor transforma-se na total inexistência de sentimentos; alguém que quer ser amante transforma-se alguém que mal nos liga ou quer saber.
"Nada se perde, tudo se transforma!" E assim é a Vida!
Há coisas que são completamente inúteis: preocuparmo-nos com os olhares dos outros é uma delas! Acabei de escrever uma entrada, por causa de uma situação dessas, que apaguei, nem dez minutos depois. De que vale isso? Fica o que gira dentro da minha mente e dentro da minha alma! Fica o que gira e gira e gira dentro de nós...
Há coisas que são tão inúteis, que temos mesmo que acabar por nos destruir, para as percebermos. Cai a chuva lá fora e o vento agita as árvores, que começam a largar as suas folhas... Daqui a pouco, tenho que sair daqui. Daqui a pouco, tenho que agitar as águas dentro de mim: criar, criar, criar!!
Isto é para vocês, coisas inúteis na minha vida, que passam a olham. Passam e olham. Passam e olham. Querem falar, mas simplesmente passam e olham.
...e hoje penso em ti! Pergunto-me se pensarás em mim. Pergunto-me se valerá a pena este desperdicio de energia a pensar em ti, a sonhar contigo, a não querer deixar ir embora todo o amor que sinto por ti. A resposta é simples: NÃO, não vale a pena! Mas apercebo-me de que estou tão obcecado com aquela ideia de ti, sempre que te vejo, perco-me em ti. Antes sentia-me incomodado e tu em paz, agora, parece que os papéis se inverteram um pouco. Mas ainda assim, cai a chuva miúda lá fora e penso em como seria andar debaixo dela contigo, provando o gosto dos teus lábios!
Num site de gays (novidades? Problemas?) encontrei um perfil cujo título é o seguinte:
Estranha-se e depois entranha-se
e o texto que se segue é o seguinte:
"Quero conhecer pessoas estou a sentir-me sozinho!"
Errado, errado, errado, usar a solidão como desculpa para essa finalidade. Mas não sou o melhor para falar, já que quando me sinto só, isolo-me mais ainda!
Meia hora na loja de Internet, não muito longe de onde os teus pais tinham as lojas. Vejo-te à porta e tu finges não me ver: não sinto mágoa, nem me sinto zangado. Inevitavelmente, a vida correu assim: eu não te falo, tu não me falas! Se ainda nos falássemos, talvez ainda batêssemos umas à custa do outra. Se ainda nos falássemos, talvez tivéssemos simplesmente encerrado esse capítulo e seguido a vida com uma simples amizade, sem toques sexuais!
Tu! Agora tu! Ainda te vejo passar por mim pela rua! O que mencionei sobre ti, o que já escrevi para ti! O teu nome que oculto! Este que acabo de ver na loja da Internet, não é nada comparado contigo: enrolámo-nos de uma maneira simples e simplesmente nos largámos. Mas tu... Querias-me, sexualmente, mas não me deixei ir! Com o tempo, conversas, risos partilhados, aprendi a amar-te e venho a amar-te assim até hoje! Vejo assim a sofrer de cada vez que te vejo, chegando a fugir de um lugar cheio de pessoas que ambos conhecemos, arriscando a expor-te, da mesma maneira que tento proteger-te! Ainda há dias, estava no café com lgumas pessoas, tu chegaste e cumprimentaste todos quantos conhecias. Tive medo. Talvez esperança de que me dirigisses a palavra.
Vejo alguém desse passado não tão distante e acabo por pensar em ti! Bonito! Será assim eternamente? Não sei... E não quero preocupar-me com isso! Se não entendem a força do meu amor por ti, também não lhes é dirigido: apenas tu me interessas, apenas a tua compreensão da dimensão deste sentimento me interessaria. E mesmo assim, agora talvez já não me interessasse!
E nem sempre o consigo! Quero remodelar as coisas: a vida, real ou virtual! Mas nada parece sugerir uma mudança, por mais mínima que seja! E tenho, muitas das vezes, vontade de cair nos caminhos errados que corri outrora, só pelo gosto de serem aqueles que sempre me souberam melhor!