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As Crónicas da Vítima

As Crónicas da Vítima

Um homem perturbado

26.09.13 | Bruno
Já comecei. Já apaguei. Já recomecei e já voltei a apagar. Vamos testar a sorte aqui.

Tento evitar escrever sobre coisas relacionadas com o Facebook, mas é o Facebook que me traz aqui hoje e agora. 

Tenho, como amigos no Facebook,  alguns elementos da minha família paterna, com os quais estive cerca de 14 a 15 anos sem falar. Não os vi desde a morte do meu pai e, agora que nos falamos, eis que alguns estão lá. Não sei se, quando o me tio publicou aquele comentário a dizer 'assim está melhor' se referia ao símbolo do tóxico ou se tem apanhado alguns dos meus gostos / comentários em certas páginas como The Inked Boys, que ofereceu visões do género:

Sei apenas que aquele comentário foi o suficiente para me fazer percorrer os álbuns do Facebook e apagar uma ou outra imagem. 

A página que refer oferece visões maravilhosas de homens tatuados. Na sua maioria, são também musculados. O meu gosto pessoal. Seguindo essa página, e ainda antes desse comentário de ontem, fui dar com uma página de militares e de homens do campo. Abri as páginas. Vasculhei as fotos. E devo dizer que gostei bastante do que vi. Não marquei o "gosto" nas páginas em questão, tentando salvaguardar-me deste género de situações.

Disseram-me, escutando o me comentário em relação ao comentário, que "as listas do Facebok existem por algum motivo". Bem, começa aqui a parte complicada.
  1. A minha família, por muito boa que possa agora parecer, não quis saber se eu estava vivo ou morto. Logo, não deveriam opinar. Sei que o farão e que, a questão da minha homossexualidade, seria comentada e abordada, iniciando novas guerras e imensas discussões. A minha mãe seria incluída nessa rol de guerras.
  2. As listas do Facebook existem realmente. Mas para quê dar-me ao trabalho de as organizar quando o Facebook, numa das suas actualizações das definições de privacidade, fez com que apenas os nossos "amigos" decidam se querem ver aquilo que comentamos ou de que gostamos. Há muita gente por aí sem nteresse em perder esse rasto de nós. A minha família incluída.
  3. Porque é que me sinto tão incomodado com isto e porque tenho agora cuidados redobrados? Bem que poderia mandá-los todos à merda, que eles não deixariam de ser quem são.
A minha foto de perfil é com duas amigas. "Assim está melhor"? Porquê?

 E se eu enviasse esta foto para um deles?
 Talvez esta...
 Ou mesmo esta?
Não importa. Do jeito que me sinto, tudo o que menos importa é isto. É apenas largar a raiva e isto já acalma.

Mas há outras coisas. Há sempre várias coisas. E já não tenho muito tempo, mas ainda quer e vou escrever. Preciso. É preciso.

Vi hoje num autocarro uma mulher que, em tempos, foi minha vizinha. Era conhecida como puta. Outros diziam que era stripper. Sei apenas que era ma boa vizinha e uma boa amiga. Os anos passaram e deixaram as suas marcas. As pessoas vêem-se e não se falam. Alguém qe era cheio de vida e de alegria, parece agora marcado pelo tempo, pela tristeza e pelo desespero. O olhar denuncia-o. Basta o olhar. Não é preciso muito mais.

Não imaginava que, aos 26 anos de idade, fosse assim a mnha vida. Louco. Patriota, sem bem o ser. Sem nada. Sem ser nada. Os meus sonhos passavam por ser um artista das telas e do papel e das cores, num país distante de sonhos, chamado Estados Unidos da América. Ainda anseio por regressar aos meus estudos. Não desisti disso. (A imagem não é dos meus trabalhos). Hoje quero escrever, mas pintar ao mesmo tempo. E da escrita, tenho mais de mil poemas escritos à mão. Ficarão de parte. Escrevo hoje num caderno à parte, dedicado exclusivamente à publicação do meu primeiro caderno de versos. Vamos lá ver como resulta.

Mudou o tempo. E com ele, mudou o meu humor. Acontece sempre. Seja do calor para a chuva, como é o caso. Seja da chuva para o calor. Mudanças de tempo afectam-se sempre. Mudanças de humor tornam-se perigosas. Regressam os pensamentos mais perigosos. A morte ronda-me.

Um dia... talvez nesse dia, finamente entenda a vida. E qando tiver essa compreensão plena do que é a vida, ganhe um pouco de paz.

Se algum dia quiserem descrever-me, creio que um homem perturbado é a melhor descrição Possível.

A vida tornou-me nisto.

Ser e sentir tornaram-me nisto. E eu queria tudo diferente.

"Espero que a minha partida seja feliz e espero nnca mais voltar" Frida Kahlo

"Following The Sun" Enigma

24.09.13 | Bruno
 Não vou depositar aqui a letra desta música de Enigma, que, por sinal, é das minha favoritas. Não vou entrar por campos pseudo-filosóficos, que não darão em nada. Não procurarei descodificar (nem codificar) as minhas palavras.

Chegou o Outono. O dia está quente, embora ventos e coberto. Espero, ansiosamente, uma trovoada e uma chuvada torrencial, que potencie a limpeza, como consequência, da minha alma. Lavar o que está sujo cá dentro e deixar apenas o bem valioso, sendo assim, o começo verdadeiro de uma nova fase da mnha vida. Porque tenho pensado muito e mto, mais e mais intensamente hoje do que ontem e, amanhã, espero que mais intensamente ainda.

Antes que caia a chuva e antes que me arrependa de ter tomado a decisão de descer, vou fazê-lo.

"Following The Sun", Enigma

pensamentos assim

23.09.13 | Bruno
Não é para ti! E talvez seja. Existem muitos "tu" no mundo. E num pensamento que nada tinha que ver com desejo, eis que me surge uma imagem tua muito tentadora. Uma imagem que muitoexplorei mentalmente ao ver-te e ao ouvir-te falar. Não é nada de novo: há quem, por muito bom amigo que seja, melhor motor de busca é para pensamentos assim!

Estou no café e surge alguém diante de mim que, sem ser belo nem atraente, já conseguiu construir tamanhos pensamentos em mm, apenas pelo seu jeito de ser e agir. Talvez seja o próximo deles a cair. Talvez nunca mais caia outro (e assim seria um descanso para a minha cabeça).

tudo não passa de fantasia

17.09.13 | Bruno
Mas merece, ainda assim, a minha atenção! Eu quero! Eu sei que quero essas coisas. Mas ainda assim, está complicado de se conseguir, quando se tenta com toda a força.

Estou farto e cansado de tentar, sem conseguir nada. Mas parece-me que a minha força motriz é o cansaço e a desilusão. Enfim...

a tentar e a testar

17.09.13 | Bruno
Aqui estou eu, sentado no café. Testo e tento coisas novas, aqui e ali, neste ou no outro blog. Escrevo uma ideia e a minha ideia passa por algo deste género, tipo Crónicas. Mas do género mas hardcore. Que posso dizer? Ser como eu, maravilhoso e perfeito, dá muito trabalho e muitas dores de cabeça! :P

coisas estúpidas, gente que olha e uma infinita variedade de coisas

16.09.13 | Bruno
Coisas estúpidas são daqelas coisas que fazes bem e, mesmo assim, elas não saem com deviam. A minha mãe aderiu aos cartões do Pingo Doce (aquela cadeia estúpida de supermercados, que faz daqueles descontos que põem toda a gente à tareia e a saquear lojas e que apenas permitem pagamentos no multibanco acima de €20) e pediu-me para fazer o registo do cartão na net. Preenchi todos os campos obrigatórios, incluíndo o nome de utilizador, e o site limita-se a dizer-me que o campo do utilizador não pode ficar em branco. Não está em branco, mas começo a acreditar que o Pingo Doce tem alguma espécie de contracto com as várias companhias de telefone, em que ganha algum dinheiro pelo dinheiro que gastamos nas chamadas. Mas esta é apenas a minha opinião sincera e pesoal. Nada mais!

Estou no café. O uso de Internet, através do wireless fica muito mais barato assim. Entro e peço o meu café. Sento-me. Fumo um cigarro. O fumo azulado sobe constantemente (acabo de me lembrar que tenho apenas um cigarro e uma vontade gigantesca de fumar. Vou resistir! Vou resisitir!). Em frente a mim, dois homens aparentando ter cera de 40 anos. Talvez mais. Talvez ligeiramente mais. De vez em quando, olho em redor, tentando ver as poucas pessoas que se encontram aqui. Um dos homens olha-me. E tu olhas para mim, várias vezes. Vai-se embora. E fico apenas com os meus devaneios.

A minha existência é composta de devaneios. Apenas me sobram alguns devaneios!

Há muitas outras coisas. Mas sinto que não valem a pena!

interpals.net

13.09.13 | Bruno
Desde que tenho este tablet em mãos e desde que estou a utilizá-lo que estou para verificar contas de e-mail. Finalmente fi-lo. E sabe bem ter concluído essa tarefa, porque pude verificar outras coisas, graças a isso mesmo. Devido a ter verificado as minhas umerisas contas de e-mail (4 a contar com um e-mail secreto), dei comigo de volta da minha velhinha conta do interpals.net. O interpals.net é uma rede social, cujo intuito, como a maioria das redes socias, é criar amizades. Mas a coisa boa do interpals.net prende-se ao facto de que serve, principalmente, para se arranjarem correspondentes, quer seja ao nível de cartas (o motivo por que me inscrevi lá, há seculos atrás), quer seja ao nível de e-mails. Tentei alterar textos de perfil, links para blogs, fotografias e tudo. Mais, mas não sei se será devido ao facto de a conta ser antiga, não conseui fazê-lo. Apaguei a conta.

Soube bem ver o que lá estava. Soube bem ver uma ou outra mensagem na caixa de entrada, mas no tempo certo, talvez lá regresse. Talvez no tempo em qe volte a esrever cartas. Talvez apenas na curiosidade de ver quem por lá anda desta vez.

Engraçado é ver como, depois de uma tarde sem conser escrever nada de jeito, ma coisa destas me fez logo iniciar o "modo escrita". ;)

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"

12.09.13 | Bruno
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

E assim é a vida, por muito que não se queira admitir. E assim é.

Como se pode ver, regressei a este blog com o velho template. Sinto que aqueles templates mais actuais deixam muito a desejar, pelo facto de que a secção de links e tudo o resto ficarem escondidos naquele pequeno rectângulo e,possivelmente, porque as pessoas não verão, nem procurarão o que lá se "esconde".

Uma máscara para a realidade

10.09.13 | Bruno

Quantas e quantas vezes... quantos e quantos...?

Todos nós usamos máscaras para esconder a realidade, em muitas das situações da vida. Tal como eu o faço, neste momento. Faço uma pesquisa no google, num café cheio de gente. E quero ver a minha oesquisa livremente, mas torna-se impossível. Alguém que olhasse para este tablet, com a bateria perto do fim, poderia ficar chocado ou ofendido muito facilmente.

E eu escondo os sentimentos.

E eu escondo os pensamentos.

Oculto, então, muito de mm. Talvez por culpa. Talvez por vergonha.

Aquilo que vêem, muitas vezes não corresponde à realidade. E eu, muitas vezes, uso uma máscara para me esconder de mim mesmo. Olho ao espelho e não me reconheço. Trnho medo e tenho vergonha de alguns dos meus pensamentos. E ocorrem-me quantos e quantos terão sentido o mesmo, por detrás das suas máscaras de grandiosidade.


Seria eu mais feliz se me preocupasse mais comigo e menos com o que os outros possam pensar. Eu queria ser assim, frio. Mas sei ser frio numas situações e ardo numa febre de loucura noutras.

Talvez um dia... talvez um dia e deixe de usar máscaras. Talvez um dia toda a humanidade deixa de usar máscaras. Talvez  um dia sejamos capazes de sermos nós próprios, sem receio de tirarmos as máscaras. Um dia, talvez, possamos deixar de fingir ser o qe não somos e deixar os demias decidirem se gostam ou não de nós pelo que somos (ou não somos).

Eu sou eu mesmo. E isso tem-me valido de muito, tal como me tem tirado outro tanto. Mas mais me vale ser feliz com o que sou e ter quem goste de mim, por mim, di que ser infeliz a fingir ser outra coisa qualquer e ter alguém a querer-me pela mentira que lhe ofereço!

...

10.09.13 | Bruno
Sabes que as coisas começam a compor-se quando tudo o que te dizem começa a parecer como um plano que já está a ganhar forma. No entanto, quando pensas que, para ceas coisas ainda tens mais um dia, eis que algo que (como julgavas ter sempre mais um dia) deverias ter feito, já foi feito por outra pessoa.

Será que, lendo isto assim, isto já te parece melhor?

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