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As Crónicas da Vítima

As Crónicas da Vítima

O meu estranho ser

22.10.13 | Bruno
Espero. Vou esperando, onde apenas existe espaço para desesperar.
Vejo os dias a passar, numa altura em que cada minuto é precioso.
Fujo ao meu dever por preguiça. Por causa da vadiagem.
Estranho ser que sou. Sinto-me triste com o rumo das coisas e nada faço para o alterar. Sinto-me triste e envergonhado, mas mesmo assim...
Toda a gente luta por algo. Eu não luto por nada. Desmotivado? Sem dúvida. Preguiçoso? Vergonhosamente, a 100%. Mas porque escrevo somente, em vez de lutar? Nem vale a pena continuar.

Fui procurar Amália na net. Saquei algumas músicas que não tinha. Ouço-a agora a cantar o "Marujo Português". Encanta-me. Tinha saudades. Passei por um tempo sem escutá-la, nem senti-la. Passou para "Não Digas Mal Dele". Amália com a sua sabedoria. Saquei esta música já a tendo. Acreditava ser uma versão diferente. Mas é bom.

Amália fala da sua vida, nos fados que canta, sejam Suas as palavras ou de algum dos seus poemas. E eu encontro nas palavras que Amália canta, rasgos da minha alma.
"Que estranha forma de vida tem este meu coração, vive de vida perdida, quem lhe daria o condão, que estranha forma de vida".
Penso em ti. Subitamente, vens-me ao pensamento, sem que eu saiba bem porquê. Penso em ti, no segredo que tu és. No segredo que eu sou. Segredo que pouca gente sabe, qundo ninguém deveria conhecer tal passado. Meu. Teu. Esqueçamos isto. Estou disposto a isso, talvez na tua ausência prolongada. Quando te revir, logo se verá.

Enfim... acho que ficou tudo dito. Tinha um rascunho com uma imagem guardada e acho que poderá ser usado agora. Se algo me ocorrer.

Logo verei...

Lua Cheia

21.10.13 | Bruno
Estou irritado por vários motivos (e antes que algumas pessoas digam que eu ando sempre irritado, deixem que vos diga que estava muito bem quando comecei a noite)! São vários os acontecimentos desta noite, e não só!, que contribuíram para o meu estado de espírito. Não vale a pena mencioná-los.
Estou por casa, finalmente. Sei que quero escrever alguma coisa, mas sinto-me completamente incapaz neste exacto momento. Ou melhor escrevendo, sinto-me capaz de escrever, embora incapaz de reproduzir o que quero realmente dizer.
Tenho visto publicações sobre a Lua Cheia. Falam da inspiração que a lua oferece. Tão chateado com os problemas da Terra, nem olhei para a Lua, senão de relance. E, a escrever ests linhas, eis que me recordo: a Lua Cheia enlouquece as pessoas. Talvez que, com o seu aproximar, todos estes eventos fossem apenas um prenúncio da noite de hoje. Ou de algo maior que possa estar para acontecer. Espero que a noite de hoje tenha sido o tal grande acontecimento.
A Lua Cheia enlouquece as pessoas. Aproxima-as do seu lado mais animalesco, institivo e puro. Os próprios animais são mais livres e são mais ferozes na noite de Lua Cheia.
Talvez seja isso...


Como te amo, luxúria!

20.10.13 | Bruno
Em busca de música. Alimento para a alma. E dou comigo a procurar música árabe. Viajo pelo espaço e pelo tempo, sem sair do mesmo sítio. Quão deliciosas me parecem as minhas fantasias e quão acolhedor me parece o inferno do deserto, quando comparado com este sítio.
Recordo agora aquele amigo egípcio com o qual falava pela net. Recordo aquele amigo e todas as delícias de fantasias que me oferecia a sua imagem. Uma das minhas melhores amigas é a luxúria: desde que a descobri, nunca mais me abandonou. Abandonei-a por uns tempos, mas em sonhos, ela encontrou-me e falou-me. Em sonhos, envolveu-me de outros sonhos ainda maiores. Em sonhos, vi o meu mundo crescer. Campo, mar, deserto. Cidades, pessoas, palavras e momentos.
Como te amo, luxúria!

Melancolia

19.10.13 | Bruno
De vez em quando, estou eu tão bem e, de repente, fico assim!
Estranhamente, uma melancolia bateu forte. E agora, não me importava de estar em frente ao mar, como estava em dias destes, em Carcavelos, enquanto esperava pela consulta de "psicoterapia". E tanta paneleirice, por causa de uma espécie de psicólogo.
Tinha consulta de tarde e passava manhãs inteiras a caminhar na praia, ouvindo música. Saber-me-ia muito bem uma ida à praia, numa destas noites. O vento é bom e aconselha-se. Ajuda a lembrar-me de que estou ali e de que estou vivo. Teria que ter uns minutos para mim e para a minha música. Algumas lágrimas talvez caíssem, pelo que tentaria ter uma certa distância das pessoas.
Ia começar com as questões outra vez. Não vale a pena, pelo que apaguei as linhas escritas.
Não serve de nada questionar-me. Nem de interrogar-me com grandes palavras. Enquanto não tomar as rédeas, posso estar bem quietinho e bem caladinho. Porque só estarei a reforçar a minha imagem de idiota.

Exorcizando a Solidão

19.10.13 | Bruno
Aqui estou. Seis da manhã e eu a ouvir um velho Heavy Metal, com traços de romantismo decadente, em que se ama o mau e em que se perdoa o muito pior. Assumimos o nosso lado negro. E o demónio dentro de nós, continua a governar o Inferno de loucura que é o nosso ser, a nossa alma.
Devia estar a dormir. Que se lixe o sono. Daqui a pouco já me deito. Se não dormir durante uns dias, sucumbirei ao cansaço.
Deveria estar a dormir. Mas estou de volta de um velho Heavy Metal de muita qualidade. Estou de volta dos meus pensamentos. Estou de volta das minhas emoções e dos meus devaneios.
Penso. Aquele pensamento das altas horas solitárias em que nos propomos a exorcizar essa solidão auto-infligida. Exorcizamos os nossos pensamentos com qualquer coisa. Eu exorcizo estas horas assim, a escrever aqui, fumando uns cigarros e ouvindo, neste preciso momento, Doro Pesch a cantar "Heaven I See".
Sei que a culpa de estar aqui, neste momento, em vez de nos braços de alguém, a ter o meu demónio interior apaziguado na boca de um amante, é apenas minha. "Mea Culpa"! Prefiro "disposable men", ou, por outras palavras, homens descartáveis. Aqueles com quem se fode uma vez e que nunca mais se vêem. (Aludindo à série "O Sexo E A Cidade", em que a minha amiga Cláudia é a Carrie Bradshaw e eu so a Samantha Jones, por este género de pensamentos e de acções. Mas sinto-me uma espécie de uma mistura entre as duas, escrevo e sou a puta das babes).
É nestas horas em que sinto a falta de algo mais. Mas continuo a preferir não envolver sentimento com sexo. É perigoso demais. E eu sou demasiado leigo (com 26 anos de idade, nunca tive uma relação séria). Envolver sentimentos é um sério risco: obsessão é um dos riscos maiores. Já no sexo por sexo, pelo prazer e por ter vontade é perigoso. Dás uma e tens gajo qualquer a ligar-te constantemente, a usar subterfúgios para te ver.
Enfim...
Mas estas curiosidades e estas vontades ocasionais são apenas isso mesmo: vontades ocasionais e curiosidades; e, hoje em dia, não duram tempo suficiente para causar estragos.

Uma das mnihas maiores curiosidades, curiosamente, é saber por onde andaria por estas horas. Talvez na praia, a ouvir música. Talvez no Cabo da Roca. Talvez numa cama já tão familiar, em braços e numa boca, também eles estranhamente familiares. Na noite, talvez encostado a um canto de uma qualquer discoteca,  visse dançar, tentando fazer-me sair e dançar com ele, sem medos, nem vergonhas. São infinitas as possibilidades. Possibilidades essas que prefiro milhões de vezes partilhar com amigos verdadeiros (são cada vez menos, os que se podem considerar como tal), do que com um falso amor.

Em tempos, quando eu queria amar e apaixonar-me, disseram-me que tudo acontece no seu tempo e do jeito que tem que acontecer. Assim foi. Foi mau. Muito mau, porque iludi-me, onde não existiam esperanças para tal. Iludi-me onde nunca houveram mentiras. Onde tudo era simples, preto no branco, sexo por sexo, acreditei que podia ter mais e recusei-me a esse simples prazer. Hoje, sou eu quem está do lado oposto, quem não quer mais do que um momento (não por ter a namorada na cama a dormir e por ela "não saber fazer bicos"), mas que é apanhado por "pragas" que não descolam e que se apaixonam numa foda. Entendo agora como deves ter-te sentido e entendo a tua atitude. 

"Um dia" disse-me uma amiga, maravilhada com a nossa conversa e com esta exposição de pensamento "vais apaixonar-te de tal maneira, que nem vais saber para que lado hás-de virar-te".

"Já pensaste que alguém pode gostar de ti e sofrer com as coisas que dizes, sem se aproximar por causa disso?" 
"Já estive desse lado, mas eu não dou esperanças em relação a nada" - numa conersa do género com alguém de quem nem me recorda o nome.

"Daqui a uns anos, conversamos" - disseram-me já duas amigas, esperançosas da mudança de pensamento / atitude.

E há outras frases que já mencionei, noutras entradas. 
E há muita coisa que já foi dita. Mas não me recordo de tudo, assim como há muitas coisas das quais nem vale a pena falar, quanto mais escrever.
Prefiro caminhar os jardins sozinho e ter tempo e alma suficientes para abraçar ou beijar uma árvore. Agarrar, sem apertar, aqueles ramos mais baixos e sentir as folhas deslizarem por entre os meus dedos, à medida que vou caminhando, cm se entregasse ou retirasse energia disso. Como um terço, cujas contas deslizam por entre os dedos de um crente.
Prefiro abraçar e afagar um animal, vadio ou de alguém.
Prefiro uma praia à noite com amigos. Numa tarde de Inverno, sozinho, caminho na areia, sentindo o vento gélido bater-me na cara, enquanto, à beira-mar, converso com este (o mar), rio da sua tentativa frustrada de me molhar. Entendomo-nos bem. Ele conhece-me melhor do que ninguém.

Estranhamente, sem estar apaixonado, ouço muita música do género. Mesmo que seja uma balada de Heavy Metal. Reafirmo estes meus pensamentos, ainda que não haja uma possibilidade real de estar seriamente com alguém. Talvez sinta necessidade, não só de exorcizar a solidão destas horas de madrugada, mas de reafirmar, perante mim mesmo, aquilo que tenho vindo a defender como o estilo de vida amorosa ideal para mim: inexistente, com muito sexo! Sexo entre estranhos, que nunca mais se verão (ou assim crêem ambas as partes, até se surpreenderem um ao outro no mesmo espaço). Sem espaço para ilusões, sem tempo para que se criem sentimentos, visto que é foder e bazar. Nem se espera pelo fim da noite.

Assim exorcizo a minha solidão, enquanto a manhã desponta lentamente.

"Oh, Bruninho! Mas tu agora tens um blog?"

19.10.13 | Bruno
Uma amiga minha perguntou-me, há umas horas no café, se eu tinha um blog. Apesar de ser alguém que conheço há alguns anos, imagino que ela não soubesse mesmo da existência de qualquer blog meu. Nem toda a gente sabe da existência deles. E, daqueles que me são queridos, apenas quem me é verdadeiramente próximo, sabe da existência deste blog. Do outro blog.
"Tens esse blog há anos! Como é que só aora o descobriram?"
Bem, como já referi, nem todos sabem da existência destes blogs. E, enquanto antes partilhava tudo no Facebook... bem, agora a história é diferente. Nem sempre partilho as entradas, embora hoje em dia, o faça com muito mais frequência.
Por isso, se alguém que me conheça chegar a este blog, sim, é meu. Se o não sabiam, agora sabem-no.

Alguém, na mesa, por piada perguntou: "o quê?! Um blog?! "As Crónicas do Bruninho"? Escreves lá sobre os gajos?". Tal como disse, repito-o aqui: se eu fizesse um blog desse género, com nomes e detalhes, bem podia preparar-me para correr. Muit se diria e planearia e eu seria, com ceeza, abatido a tiro numa rua esira qualquer!

umas atrás das outras (entradas, mentes perversas!)

17.10.13 | Bruno
Pus, na prateleira debaixo desta mesinha onde tenho o tablet, o livro de "A Salvação de Wang-Fô e outros contos orientais" de Marguerite Yourcenar. Há uma ou outra história que acho que são boas demais para ficarem somente neste livro e nas incontáveis cópias e posteriores (e anteriores, também) edições destes contos. Uma delas é "Kali Decapitada". Transcreverei esse conto em breve. Espero que agrade tanto, com me agrada a mim.

A noite dura. E eu quero ainda fazer uma coisinha antes de me deitar. Passar algumas das músicas que saquei, do computador para o outro telemóvel. Fico com espaço no meu telemóvel para fotos e vídeos de momentos com o pessoal. Antes de sair daqui, quero ainda ver uma coisa. Mas axho que essa visita ao hi5 continuará sem ser esta noite. Estou a tentar fazer esse compromisso comigo mesmo de tentar "endireitar" as minhas horas de sono. Regulá-las de acordo com um horário mais normal.

E deixei de escrever nos meus cadernos por causa dos blogs. Há coisas que eu escrevia lá, entre poemas como que se fosse um diário, com datas, horas, música que ouço enquanto escrevo. Há coisas e nomes lá referidos, que aqui não faria. Há amigos meus, amigos de outras gentes, cujos nomes e segredos estão lá. Há outros, que nem o diário escrevo. P'ra quê? Quero, no entanto, comprar uma "colecção" de cadernos do mesmo estilo / modelo, para os poemas. Comprar diários propriamente ditos para esse mesmo efeito. Passar essas páginas incontáveis, cada qual para o seu sítio e livrar-me desses velhos e volumosos cadernos. Alguns bonitos. Alguns feios e rasgados.

Um dia disseste-me que não era assim que eu deveria escrever aqui. Que outro jeito poderia ser? Tem que ser do meu próprio jeito. Claro que depende também dos dias e das goras em que me encontro. Agora estou fixe, mas pensativo. Música. Há dias em que estou fulo da vida. Há dias em que estou triste / deprimido (tipo, vítima, sabes?).

Eu tenho que fazer isto assim. Assim sou eu. Jeito parvo, amaricado. Mas sou eu. E acho que, se eu não fosse assim, eu não seria eu e quem gosta de mim, não gostaria (ou pelo menos, não tanto como gostam).

Por isso, larga-me lá a cona da mão e deixa-me ser quem sou.

Avancemos!

17.10.13 | Bruno
Em frente, camaradas!
O caminho faz-se em frente.
Olhar para trás, não serve de nada.
O presente está mau e não lutamos por ele. Ou, eu, não luto por ele.
Em frente.
Calcemos as botas de combate e enfrentemos tanques de guerra.
Calcemos as botas e, armados apenas com as palavras e com a melhor vontade do mundo, lutemos então.
Enfrentemos anjos e demónios.

Músicas diferentes, palavras diferentes. Sentimentos diferentes.
Talvez que não importe mais nada, daqui a uns dias. Talvez que estes textos sejam insignificantes. Talvez as coisas ganhem dimensões ainda maiores. Talvez que estes textos ainda reflictam toda a verdade.
Quero continuar a gozar da minha liberdade. Quero esta liberdade mais dignificada. Quero-a com a força da minha luta e do meu trabalho.

O caminho é frente.
Avancemos e esqueçamos o que não nos fez bem nenhum. Esqueçamos tudo aquilo que nos faz infelizes.
Como diz a tattoo de uma amiga minha: "never a failure, always a lesson".
E a lição tem sido demasiado grande.
O fracasso também, porque me tenho permitido a isto.

Avancemos!

Alguns pensamentos

16.10.13 | Bruno
Bem, aqui vai.
Porque pensar. Pensar muito, atormenta-me o pensamento. Mas nem mesmo ser tão pensativo, nem mesmo ter uma cabeça minimamente boa e no lugar, faz com que eu me decida a mexer-me para alterar e melhorar o meu estilo de vida. Nem mesmo me safou de alguns problemas.

Queria mudar os móveis do meu quarto de lugar. Acabei por ir para o café. As coisas ficaram no mesmo sítio. Acho que isto era uma coisa com uma certa importância, mas nem mesmo assim o fiz.
Talvez a mudança, originasse a mudança dos ventos da sorte. Talvez começasse a fluir a vida de outro jeito.

Tenho escrito sobre o amor, novamente, e sobre o quanto o (não) desejo. Tenho falado do coração, de sentimentos, de curiosidades, de, no meu caso, frieza. A minha boa amiga deixou-me um bom texto, numa imagem do Facebook. Valeu, tal como disseste, a pena. Porque vale sempre a pena ler algo bonito. Porque tocaram-me aquelas palavras. Mas, ainda assim, não sei explicar se mexeram com algo cá dentro ou não. Sinto-me agora, como dantes.

Estou em frente do tablet. Estou mocado. Estou a ouvir música e há um pensamento que me ocorre. O meu pensamento de andar a ver um outro site. Falou-se do hi5. Disseram-me que aquilo agora é para outras coisas. Há muito que eliminei a minha conta. Mas tenho curiosidade. Curiosidade ver como está aquilo.

Há pensamentos que me ocorrem. Há pensamentos que vêm e vão.

E assim termina a tarde.

Bateria Fraca

16.10.13 | Bruno
Tenho que escrever à pressa. A bateria do tablet está a acabar.
Deixo blogs por ler. Coisas por dizer.
Nem aqui vim, para garantir bateria para a minha tia.
O que ia dizer, nem era importante. E fica sempre melhor guardado p'ra mim!

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