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As Crónicas da Vítima

As Crónicas da Vítima

Desmotivado e sem grande inspiração

20.11.13 | Bruno
Encontro-me assim hoje, apesar de ter escrito uma entrada sobre as imagens que fui tirar ao google. Apesar de ter escrito uma entrada sobre motivação e dicas de escrita, estou desmotivado e sem inspiração p'ra grandes coisas e p'ra grandes textos.
Acho que hoje, isto fica mesmo assim e por aqui. É escusado tentar e dar voltas e voltas, quando se escreve e se apaga repetidamente. Ou se risca, no caso dos cadernos, onde escrevo ideias e versos à mão.
Nessa minha conta do tumblr, estão umas outras ideias escritas por mim. Uma coisa mínima e pouca, para toda uma tarde na Internet. Mas sempre é mais alguma coisa. Sempre é alguma coisa.

Vou continuar à procura!

18.11.13 | Bruno
Vou continuar à procura de mim mesmo!
Vou continuar à procura de uma boca que se morda, de um corpo de um amante que se devore!
Por entre as ruas escuras. Por entre os parques sombrios. Por entre os bosques esquecidos e que ainda não me atrevi a percorrer pelas noites de luar, vou continuar à procura.
Vou continuar à procura de um momento de calma e de paz.
Vou continuar à procura do tiro que ecoará nas noites mais silenciosas, penetrando o meu ser.
Vou continuar à procura da mais gélida das lâminas do meu assassino!
Não haverá luz e eu, ceguinho de tanta de luz, verei por entre as brumas e continuarei à procura.
Por entre sepulturas esquecidas no tempo, vou continuar à procura de um Deus maior! E vou continuar à procura de uma fé sem mentiras! E vou continuar à procura do meu confessor!
Vou continuar à procuro dos bens de que fui despojado!
Vou continuar à procura daquele momento quente!
Continuarei a minha incessante busca pela Morte, enquanto me restarem pedaços de vida!
Vou continuar à procura do ridículo, de fazer diferente!
Vou continuar à procura de ser eu!
Por entre as noites mais sombrias e por entre as ruas mais obscuras, apertarei contra o peito o rosto do meu amante, do meu assassino e do me confessor!
E não haverá luz e nem haverá mais nada, quando e continuar à procura!
E será escuro o quarto dos meus despojos e eu procurarei.
E será escura a noite da minha luxúria e eu procurarei.
E será escuro o rosto de todos eles e eu procurarei.
E será escuro o bosque de caminhos ermos, selvagens e acidentados, e e procurarei.
E será escura mais uma hora vazia e e procurarei.
E vou continuar à procura, por entre a escuridão, eternamente!

Eu escrevo, sim

17.11.13 | Bruno
Escrevo para encher as horas vazias.
Escrevo para me livrar dos meus pensamentos.
Escrevo para exorcizar a solidão.
Escrevo para dar ideias ao mundo de que sou mais iluminado.
Esrevo...
Escrevo, muitas vezes, sem saber aquilo que escrevo. Sem saber aquilo que quero escrever.
Escrevo para gritar de revolta ou chorar de tristeza.
Escrevo para mentir.
Escrevo para "falar" as verdades.
Escrevo para deixar sair tudo aquilo que sinto ter que deixar sair. Aquela ideia de me livrar dos meus pensamentos? É para isso que escrevo.
E nem sempre faço alarido sobre os meus escritos. Nem sempre deixo saber que há algo de novo para se ler. Nem sempre publico nos locais habituais, mas sim, escrevo. Sim, vou escrevendo.
Escrevo quase compulsivamente. Antes desenhava e fingia pintar (ou fazia tentativas disso). Hoje tenho a escrita, porque perdi-me da pintura.
Por isso, escrevo sim!
Escrevo.
Tento escrever versos.
Por vezes, escrevo pequenos textos: quase entradas de diários, quase textos intimistas que, um dia que os tenha suficientes, até davam para um livro de pensamentos.
Qundo quero escrever e não consigo, faço traços aleatórios no papel. Risco o papel com a caneta. Risco as palavras. Faço linhas em redor do que foi esrito e mato-o com um traço ou dois... ou com vários... depende de mim. Depende do estado de espírito.
Escrevo, sim.
É natural que haja muita gente que não o saiba.
Hoje, não sou o Bruno de há 10 anos atrás. Dizia que tinha escrito algo e mostrava contente e satisfeito por poder partilhá-lo.
Hoje, não sou o Bruno de há cinco anos atrás, a tentar endireitar a minha vida, a batalhar pelas coisas. A FAZÊ-LAS!
Hoje, sou o Bruno que tenta, que quer, mas que, à partida, diz muitas vezes que não sabe ou que não consegue.
Por isso, escrevo, sim!
Escrevo para dar asas e liberdade a alter-egos.
Escrevo para me refugiar do mundo, enquanto corro mundo, que é toda uma cidade.
Escrevo para me sentir mais eu, para me completar de algum modo.
Escrevo para me justificar a mim mesmo, perante mim mesmo.
Escrevo para que saibam o quanto os amo ou o quanto os odeio.
Escrevo. E apago o que escrevo. E escrevo algo novo. E modifico as minhas plataformas de escrita.
Escrevo!
Escrevo, sim!

Terei que dizer-te adeus?

14.11.13 | Bruno
Já escrevi no meu outro blog. Uma tarde atarefada, cheia de certas coisas que têm que ser feitas. Não vou repetir tudo.
Lisboa! Minha adorada e amada Lisboa! Terei que dizer-te adeus? Há já algum tempo que não caminho as tuas ruas. Por muito má que sejas, por pior que este meu Cacém que tu possas ser, ter-te-ei sempre no meu coração.
Terei que dizer-te adeus, em prol de uma qualquer cidade europeia? Por muito má, serás sempre a minha capital. Serás sempre uma das minhas ciades de eleição e, p'ra mim, serás sempre a mais bela do mundo.
Terei que dizer-te adeus?
Lisboa à tarde.
Lisboa à noite.
Lisboa de manhã.
Lisboa. Lisboa. Lisboa.

Já foi tudo dito (só mentiras)

13.11.13 | Bruno

O que poderei dizer? Que mais posso eu dizer? Sinto que já disse tudo o que tinha para dizer. E muito do que disse, foi mentira. Minto quando digo que não quero (e é algo que chego a querer, a desejar e a necessitar)!
Um dos meus momentâneos amantes, entre beijos e coisas mais, perguntou-me: "estás carente, não estás?". E fui obrigado a enfrentar essa verdade e a assumi-la. E entre coisas de amantes, perdi-me nuns braços estranhos (apenas mais uns), após assumir algo que, nem para mim mesmo, me atrevo a deixar-me pensar. E fico-me pelos braços de amantes em carros ou camas alheias. Em lugares frios e impessoais, onde não existe um "nós", onde não existiu e onde não existirá.
A sombra de mais um dia ou de mais um momento.
E é a isso que se resume a minha existência: a ser uma eterna sombra de mim mesmo, sem nunca procurar algo mais do que isso!

O que procuro?

12.11.13 | Bruno
Não raras vezes, caminho pelas ruas sem destino.
Caminho, caminho, caminho.
Sem destino, sem rumo.
Que procuro quando, a altas horas da noite, subo e desço as ruas da cidade? Que é que procuro quando entro no parque escuro? E quando caminho por entre carros estacionados? Talvez procure a satisfação momentânea do meu corpo. Talvez procure o meu assassino. Acabar com a vida, às mãos de um estranho. Acabar com a vida de um estranho, com as minhas próprias mãos.
Em noites de luar, caminho rua acima, rua abaixo. De vez em quando, bebo um café na bomba de gasolina. Quantas vezes subo e desço as ruas, na esperança de que, quem lá está, vá embora e eu possa ficar sozinho e sossegado na madrugada. Sozinho com o meu café. Sozinho com o meu cigarro. E com os carros que passam. E com os estranhos que chegam e partem.
E é, enquanto os meus segredos fazem a minha consciência morder-me, que caminho, horas e horas a fio, sem rumo, sem destino. Não tenho vontade de estar aqui. Não tenho vontade de estar ali. Não tenho vontade de estar em lado nenhum e tenho vontade de estar em todo o lado ao mesmo tempo.
O que procuro, quando caminho sem rumo e sem destino? Horas a fio a caminhar, até que me doam as pernas, as ancas, as costas? Que é que procuro?
Quem me dera saber!

Madrugada

12.11.13 | Bruno
Tlvez seja da vida que vai passando loucamente!
Talvez seja de noites que se sucedem iguais!
Por muito que as coisas mudem
acabam tornando-se banais!

Não sei se é da vida ou da noite;
Talvez seja da mesma cidade, anos e anos a fio,
Tenho saudades não sei de quê, frio desengano...

Onde moram agora quaisquer sonhos?
O Verão já morreu, enquanto morreu um cigarro.
Sonho o mar que vi na minha infância,
quanta esperança nele depositei...
E os sonhos voaram - pássaros alados
rompendo a madrugada dos meus sentidos!

Um novo blog

08.11.13 | Bruno
Começo hoje um terceiro blog. Quem o diria, quando decidi eliminar o terceiro blog que tinha.
Começo um blog com aquela minha amiga americana, que conheci através de cartas. Tenho o sonho ainda de pisar terras americanas. Tenho o sonho de conhecer a Erin realmente, sem ser através de cartas ou de Facebook.
Mas hoje começarei a escrever naquele blog que nos pertence. Hoje começarei o nosso "confessionário".

Em casa

06.11.13 | Bruno
Ainda que seja em casa da minha tia, é como se fosse a minha própria casa. A minha tia mandou instalar a Net aqui e isso facilita-me muita coisa, evitando que eu gaste dinheiro em lojas ou no café para poder utilizá-la.
Estive a conversar com a minha amiga Inês e fiquei a saber que ela é uma das minhas leitoras e que gosta do blog. Fiquei muito contente com isto. À conversa com ela, falei também de andar a evitar ir ao café de tarde. Por vezes, estou lá por estar. Sinto-me aborrecido em casa. Não tenho nada para fazer. Nada com que me entreter. Chego ao café e, muitas das vezes, não está ninguém conhecido. Enquanto chegam e não chegam, passo horas no Facebook a tentar exorcizar o tédio. Facebook. Twitter. O pouco que o meu fraco, mas adorado telemóvel me permite. Quand está alguém conhecido, pode ser que a conversa flua facilmente. Outras vezes, ouço os demais conversarem, porque não sei o que dizer. Sinto-me perdido e desajustado. Hoje em dia, nem sempre sei o que dizer e as conversas banais / triviais são aborrecidas. Falar do tempo não me satisfaz. Por vezes, não sei sequer o que dizer do tempo.
Sinto-me perdido e desajustado. Acho que esse sentimento nunca desapareceu. Mesmo em relação à falta de trabalho, não é simples preguiça. Misturem preguiça, com o facto de eu me sentir tão perdido e desesperançoso, de estar no limite em que já sinto vergonha até de pedir ajuda.
Sentia-me, antes dessa conversa com essa minha amiga recente, Inês, perdido sobre o que haveria de escrever. Graças a essa conversa, aqui está esta entrada. Na aparelhagem da minha tia, tocam uns CD's de Linkin Park que uma amiga me deu há uns anos. O fumo azulado do meu cigarro sobe em constância com os seu estranhos arabescos. E é hora de terminar isto. A minha tia diz-me que temos que ir (ela tem estado, nestes últimos dois meses em minha casa), para ela preparar algo que espera na minha cozinha para o jantar.
Enfim... hora de ir e continuar a preparar as minhas ideias... poemas em cadernos rasgados. Entradas de diário entre versos.
Boa tarde.

Tenho Saudades

03.11.13 | Bruno
Tenho saudades de mim.
Tenho saudades da minha vida.
Tenho saudades de sentir.
Tenho saudades de saber o que ando a sentir.
Tenho saudades de ter sonhos e planos.
Tenho saudades de viver: de viver bem comigo mesmo e com os demais.
Tenho saudades de tanta coisa...
Tenho saudades sei lá de quê...
Quem me dera saber de que tenho saudades.
Tenho saudades de sentir saudades e de saber de que sinto saudades.