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As Crónicas da Vítima

As Crónicas da Vítima

Vida, Verdade, Pensamento

19.04.14 | Bruno


Sabes como é que se vê a verdade?
Através da noite.
Através da vida.
Através dos olhos de alguém.
Muito, muito contam as atitudes. E são sempre boas, quando são verdadeiras.
Sabes como se vive?
Acorda-se.
Vive-se.
Ri-se.
Chora-se.
Voa-se - ou imagina-se que sim!
Viaja-se por terras novas ou faz-se o mesmo velho caminho de anos.
Olha-se ao longe.

E sentado numa pedra. Campo aberto. olho ao longe e penso em ti. Como verias o mundo? Olharias, como eu faço, as árvores ao fundo do teu terreno? Olharias para o monte, lá ao longe, imaginando outros tempos? Eu olho ao longe, numa paisagem tão diferente da nossa e vens ao meu pensamento, avô.
Mesmo a avó. Ou o pai, vosso genro.
Como veriam vocês o mundo ou a vida?

Esqueço-me depois dessas horas. E vivo numa ignorância quase doida do que é um sentimento!

"Sticks And Stones may break my bones, but Whips and Chains excite me!"

14.04.14 | Bruno
Estive a ler uma reportagem sobre Sophia de Mello Breyner e sobre a sua relação com o marido. Esta excelente escritora / poetisa tem ganho um canto especial dentro de mim, por alguns dos seus poemas. Do pouco que tenho lido, tenho gostado e aprendido e, também, crescido.

Pergunto-me qual o significado da minha poesia. Sobre que escrevo? Sobre a vida e sobre a noite. Sobre vida e morte. Escrevo sobre um homem...
Não, não escrevo sobre um homem. Escrevo sobre a ideia que tenho dele, face ao que ele me mostrava.
Escrevo sobre o que via dele, face ao que ele me mostrou.
Escrevo sobre aquilo que ele hoje me permite ver. Escrevo sobre a sombra que ele é, na minha vida, logo, escrevo sobre algo muito mais idealizado e muito menos real.
Escrevo sobre fantasias.

A Primavera está aqui. A minha tia diz que parece Outono. Está abafado, mas o céu está escuro e, de vez em quando, chuvisca.

Pela vida online, descubro e redescubro novos prazeres e novos sítios. Vejo certas fotografias. Irei procurar certas inspirações de escrita, através de nova e possível boa escrita (por entre muita escrita má). Irei procurar essa inspiração através de certas fotografias. Tenho uma ou outra ideia para aproveitar aquele outro blog, ao invés de fundi-lo com este ou com o principal. O facto de pensar em recuperá-lo, não quer dizer que tenha que eliminar coisas antigas: elas mantém-se, embora tenham que ser trabalhadas e corrigidas.

Estou aqui, ao fim de tarde... pago €0,50 para vir à Internet por meia-hora. Tenho Internet em casa da minha tia, mas sinto necessidade de vir aqui, de vez em quando. Talvez que tudo isto melhore e uma certa (e muito boa) proposta sempre vá para a frente e eu consiga então melhorar a minha vida.
Estou aqui e estou vivo... de momento sinto-me bem... e isso já é qualquer coisa...

Filho

06.04.14 | Bruno
Filho da luz.
Filho das sombras.
Filho de carne e de osso. Filho de sangue, ligações musculares.
Filho de uma terra isolada.
Filho de uma cidade.
Filho de ideais que nunca foram desenvolvidos.
Filho de ideais completos já de nascença.
Filho de um olhar. Filho de uma voz.
Tenho medos e receios e não se prendem a coisas mundanas. E não passam de coisas mundanas.