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As Crónicas da Vítima

As Crónicas da Vítima

Mudança??

24.11.14 | Bruno
Quem sabe?! Espero conseguir ter a lucidez de espírito para implementar todas as mudanças necessárias à minha vida. Espero conseguir um pouco de paz de espírito. Espero conseguir respirar e dizer: "consegui! Custou, mas consegui!"
Tenho pensado que, talvez, esteja na hora de mudar de direcção. Este blog pode passar a pertencer ao universo do sapo.pt. Talvez, este seja mais um devaneio inútil, que me atormentará por dias e dias, mas que, no final, manterá tudo por igual.
Estive a pontos de expor misérias. Misérias pessoais e privadas. Mas estou cansado de tudo isso.
Neste preciso momento, numa quase silenciosa loja de Internet indiana, pondero as palavras a escrever de seguida, tendo a consciência do quão perigosas ou poderosas elas são. Num computador ao meu lado, o me vizinho utiliza do mesmo serviço e fala ao telemóvel. Tento concentrar-me.
Hoje tenho a consciência de que a vida, a "má sina", a "má sorte" de que padeço, têm sido um resultado único e exclusivo da minha inércia e completa falta de interesse. Hoje tenho a consciência de que estou demasiado apático, mas não é mais apatia que vai combate e repelir a já existente.
Estou cansado de tentar parecer mais e melhor. Mais forte.
Estou cansado de perseguir uma luz que nunca existiu. Se existiu, não teve força para resistir às agruras da vida.
Estou cansado das mesmas ruas. loucas, perigosas e frias.
Estou cansado desta solidão, da qual não me canso.
Estou cansado da voz dos mesmos e das mentiras dos resistentes.
Estou cansado de mim, da minha existência fria, dos fins de tarde de Inverno, da chuva que cai.
Estou cansado dos café e das caras difusas e confusas.
Estou cansado de divagações e de julgamentos precipitados.

Quem sabe se ainda me salvo?!
Quem sabe se há fé que me salve? Se há luz de vela que me conforte?
De que me vale o sonho da vida, à luz da morte?

Será a hora da mudança?!
Preciso de tempo para saber.

Já é altura...

19.11.14 | Bruno
Já que pouco ou nada importa, porque não começar nos próximos dias? A actualização dos meus blogs, a limpeza do que não quero, a edição do que acho que está errado.
Tenho-me entregue a sérios e profundos pensamentos. Como o de finalmente começar tudo isto e mais algumas coisas. Como o de batalhar seriamente na vida, como nunca antes batalhei, como de começar as fazer as coisas que eu considero certas, de ir atrás do que mais desejei e do que nunca ousei (tu não contas aqui).
Antes batalhar, lutar, fazer, sofrer por falhar, do que sofrer por nem sequer ter tentado.


Vi o mar - solidão!

18.11.14 | Bruno
Ouvi o mar cantar. Na bravura da sua voz, a imensidão da noite. O sal. A noite. Eu e eles. Quantas vezes precisarei eu disto, até me aperceber de que isto sou eu? Quantas vezes precisarei de encontrar-me com o mar e com a noite, até me aperceber de que sou apenas uma gota desse imenso oceano, um ponto de luz no infinito e distante cosmos?
Vi o mar nocturno. Ouvi a sua voz. E a minha alma fluiu. A minha alma fugiu-me do controlo. Podia jurar que alguém, alguma entidade caminhava na espuma das ondas enraivecidas.
Vi o mar. Ali tão perto. E eu era do mar. E o mar - vã fantasia! - era meu!
Senti a solidão assolar-me, pela primeira vez em vários anos, em que mentiras e desenganos têm sido suficientes. E senti a minha alma ser assolada por imensos... devaneios. Desejos de que tudo se alterasse e que eu fosse alguém completamente diferente.
Senti a solidão dentro de mim. E era como as ondas tristes, batendo a areia da praia. E era como um imenso e devastador buraco negro na imensidão do Espaço.