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As Crónicas da Vítima

As Crónicas da Vítima

Andam todos à procura de alguma coisa

31.05.15 | Bruno
Estava a ponto de perguntar o que é que eu iria escrever. O que é que eu poderia querer dizer e eis que surge, diante de mim, a resposta. A resposta de que tudo é sempre, sem excepção, mais do mesmo e de que tods, também sem excepção são "farinha do mesmo saco", pois todos procuram alguma coisa.
Não estou interessado em descobrir tudo aquilo que os demais procuram. Não me interessa se é apenas companhia ou umas horas bem passadas, se querem amor, se querem apenas alguém que se aperceba da sua existência, que notem a sua presença.
Estou cansado e resignado - não ando à procura, mas também não permito que o encontrem em mim. Eu sou aquele que muitos apelidam de louco, mas que se sente o único são no meio de todos eles, de toda a sua loucura. Que me importa o que façam ou o que digam? Que me importa?

Hoje tenho as ruas da cidade (mesmo elas têm-me sido tiradas aos poucos). Amanhã terei uma era de cavaleiros, castelos, reinos distantes e longínquos, onde poderei correr livremente pelo campo aberto. Hoje tenho a cidade, amanhã terei a minha aldeia esquecida por Deus e quem sabe quando voltarei.
Quero distância do ritmo frenético das cidades. Quero sentir-me no meio de céu aberto, estrelado, sem prédios que recortem a minha vista do alto, sem carros a passarem a todo o instante, sem gente que, tal como eu, passa apenas por passar.
Procurava sobre que escrever e eis-me diante do que constacto tristemente, de que todos querem alguma coisa e de que não estou disposto a dar-lhes, de que nunca estarei disposto a fazê-lo.
Procurava sobre o que escrever e contiuo perdido, porque não me basta. Nada me basta nesta vida.

Amália Rodrigues - Foi Ontem

31.05.15 | Bruno
Amália Rodrigues - Foi Ontem

Foi ontem que lembrei o meu passado
E o fantasma remorso deu um beijo
Só ontem percebi tudo acabado
A luz crua da vida em que me vejo
Um filho desse amor, amor-pecado
No meu pecado vivo se tornou
E chora, e fica triste
Sempre que canto este meu fado
Fado do amor que o amor matou
Foi ontem como hoje
E sempre e sempre o que há de vir
Oh Deus, dá-me sossego pra dormir
Foi ontem que fechei os olhos teus
Mas novamente veio a primavera
E eu que julgava ter fechado os meus
O outro ninho, outro ciclo ou folhas dera
Foi ontem que fugiu, outra o levou
Por que será que tudo me castiga?
O que será que eu canto esta toada, esta cantiga
Que a experiência da vida me ensinou
Foi ontem, como hoje
E sempre e sempre o que há de vir
Oh Deus, olha por mim
Quero dormir

Crónicas de Amor?

30.05.15 | Bruno
Não. Não mudei.
Não. Não me encontrei.
Não, estou fora disso, como sempre estive e como digo que sempre, sempre estarei.
Estou... de uma estranha maneira, não por nada, não por ninguém, senão eu próprio. Estou, ainda, em crer que estou apenas a sofrer de uma estranha paranóia, que estou ainda a criar fantasias inúteis. Mas, mesmo assim, ocorre-me a ideia de escrever num novo blog, um blog de amor, um blog de sentimentos. Diferente destes que mantenho, mas tão igual.
Quem sabe o que vem daí?! E quem sabe como começará, como terminará?!... quem sabe em que dará tudo isto?!...
Sinto-me cansado. Sinto-me vencido. Sinto-me resignado.
Fazer para não enlouquecer, exteriorizando a minha dúvida, a incerteza, observões do mundo e dos sentimentos. Focando-me, sempre, nesse mesmo sentimento.
Crónicas novas?
Aqui? No sapo? No tumblr? Quem sabe?! E quem sabe se se farão mesmo?!...
Por enquanto, é escrever para não me perder nesta dúvida.