Música Persa
Decidi procurar música Iraniana para ouvir. Esta foi a aprimeira sugestão.
Apreciem!
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Decidi procurar música Iraniana para ouvir. Esta foi a aprimeira sugestão.
Apreciem!
Deixei o desafio das 52 Semanas de 2022 desta semana em aberto, porque há muito que não pensava naquela questão. Como escrevi, nem sei se alguém vez me coloquei numa situação em que tivesse que pensar numa resposta para uma questão parecida.
Nestes últimos tempos não tenho escrito grande coisa. Não tenho escrito se não for para esse mesmo desafio ou para o desafio de escrita do Triptofano. E, mesmo para os desafios de escrita, tem sido algo desafiante nos últimos tempos e, no geral, tenho saído insatisfeito com os resultados da minha própria escrita. Como ouvi num filme num destes dias: é o que é.
Confesso que há coisas que me têm tomado bastante tempo a nível mental: as minhas relações com as pessoas, aquelas que foram quebradas no passado, retomadas recentemente e que, muito sinceramente, não sei para que se fez essa "retoma"; voltei às aplicações de encontros e, ainda que tenha sido tudo muito casual, comecei a falar com um rapaz e tenho vindo a gostar de falar com ele. Já se falou em tomar um café e, contrariamente ao que faria há alguns anos, em que tentaria evitar esse encontro, tenho mencionado o tal café várias vezes, o que não está a agradar-me; a minha vida profissional - ou a falta dela - e o meu relaxamento em relação a isso; alguns pensamentos aleatórios, que, muitas das vezes, até dariam bons tópicos de escrita, não fosse eu perder o fio de pensamento ou esquecer-me do que pensava, quando podia muito bem fazer algumas anotações no telemóvel.
Não há muito tempo, reencontrei pessoas com quem deixara de falar ou que deixaram de falar comigo. Enquanto que, com algumas pessoas, exista a possibilidade de retomar um relacionamento cordial, não consigo deixar de pensar: para quê? No parágrafo anterior, mencionei aquelas pessoas com quem recuperei algum nível de relacionamento, mas que, até hoje, fico a perguntar-me para que raio é que isso aconteceu? Para quê recuperar-se um relacionamento, quando se sabe que o que existia a nível de amizade ou carinho para com aquelas pessoas ficou irremediavelmente estragado e, recentemente, viu-se que aquelas pessoas estragam tudo em quanto tocam? No fim de contas não importa o quão importantes aquelas pessoas foram, actualmente acabam por ser um peso maior, do que o conforto que poderiam proporcionar-nos, do que o carinho que poderemos ter sentido no passado.
Em relação a um ex-amante, enviei uma mensagem uma noite destas. Afastei-me daquele homem: não, não foi o facto de ser seu amante que me levou a afastar-me dele, mas o facto de sentir que existia uma dose de loucura muito maior do que aquilo que quereria ou conseguiria suportar. Ouvia, naquele homem, discursos parecidos ao de outro com quem me envolvi há uns tempos e que levou-me a temer algumas surpresas desagradáveis. Decidi enviar uma mensagem a desculpar-me pelo súbito afastamento, já que sempre fui pessimo em dizer que queria afastar-me, e desejar que tudo estivesse bem, o que levou a que fosse bloqueado. Fiz a minha parte e a minha consciência está limpa e tranquila.
Houveram pessoas que se afastaram; há pessoas das quais me afastei. Com algumas delas, aconteceu retomarmos o contacto. Com outras, o afastamento foi definitivo. Sou aquele género de pessoas que guarda rancor: durante muito tempo e, muitas das vezes, mesmo quando esses relacionamentos são recuperados, existe alguma espécie, talvez não de rancor, mas de mágoa que sempre guardo em mim.
Mas, enquanto tenho pensado muito nas pessoas de quem me afastei que se afastaram de mim, tenho também aquele rapaz de quem me tenho aproximado. Já escrevi sobre os sentimentos e sobre a solidão. E, ainda que pareça que sou solitário, talvez por sair de casa sozinho e fazer as minhas caminhadas sozinho, para ir a um café e sentar-me sozinho numa mesa para beber café e fumar uns cigarros, a verdade é que há muito tempo que me habituei a isso. E é isso que torna um pouco assustadora a ideia de estar a conhecer alguém, a pensar em encontrar-me com alguém para beber um café e ver o que pode resultar daí: não sei se, após este tempo todo, terei alguma coisa a oferecer a essa pessoa. E ainda que o meu estilo de vida pareça solitário, a verdade é que a solidão, aquela de sentir-me afastado de alguém e com necessidade de alguém para ocupar um qualquer espaço vazio, não me assiste. Se me sinto só é, muitas vezes, no meio das multidões e entre grupos de amigos, porque acho que não existam muitas almas que se liguem à minha.
É claro que já tive sentimentos, ainda que possam ter sido não correspondidos. É claro que, no fim da adolescência, já tive alguns relacionamentos, mas que não resultaram, porque não havia ali nada para mim. Mas sei, também, que houve muita auto-sabotagem da minha parte, por sentir que, no fim de contas, não era alguém exterior de que precisava, senão de mim próprio. E sim, recentemente, com alguém de quem me afastei, ponderei a possibilidade de vir a ser importante ou a ter importância para essa pessoa - não aconteceu, mas não o lamento. Entre alguém, cuja amizade foi interrompida por motivos fúteis da sua parte, a tentar adivinhar esse de quem me afastei, apontou numa outra direcção e acabou por falhar: acabei por me aperceber, então, que existia alguém que me olhava com curiosidade e alguma estranheza. Sim, já fantasiei e não passou disso mesmo: fantasia.
Recentemente, tenho pensado nesses afastamentos: amizades e amantes. Tenho-me dado ao luxo de começar a conhecer alguém e a ponderar encontrarmo-nos pessoalmente, para um café a para nos conhecermos mais do que aos corpos do outro, até porque parecemos simpatizar um com o outro. E tenho escrito tão pouco, com tanto que tem acontecido.
Lamento, então, se chegaram aqui e ficaram entediados. No fim de contas, estou a registar o meu sentimento e o meu pensamento, em diversos campos da minha vida. Estou a registar a minha sensação e a minha emoção. Para mim. Mesmo que nunca mais me leia. Mas porque, como escrevo várias vezes, preciso de exorcizar-me, para que os meus demónios não me consumam.
Há muito tempo que não pensava nesta questão - se é que alguma vez pensei. E, muito sinceramente, não sei o que responder a esta questão.
Acho que, ainda que escreva esta mini entrada no blog para não falhar o desafio, vou deixar esta questão assim: em aberto. Se alguém estiver a tentar ganhar o meu coração, terá que tentar por si.
Pequeno texto no âmbito do desafio 52 Semanas de 2022
"Presente"
tradução que fiz da tradução em Inglês de um poema de Forugh Farrokhzad
Eu falo das profundezas da noite
da profundeza das trevas
e das profundezas da noite eu falo.
Se vieres a minha casa, amigo,
traz-me uma lâmpada e uma janela através das quais possa ver
a multidão no beco feliz.
O que é aquela luz ténue e trémula ao fundo da rua? Que quase se apaga com um simples soprar do vento, que aumenta com a esperança? Que luz repousa ao lado de um caixão, que é trémula ao passar do xaile negro e com cheiro antigo aos ombros de uma velha senhora chorosa, mas que aumenta com a saudade e o amor? Que luz, senhores, que luz alumia até a noite mais escura, que dá romantismo a uma noite de amor apaixonado? Que luz se acende no mais fundo da minha alma, quando a noite vai alta e a escuridão é tudo quanto alcanço num abraço?
O Fado vai tocando e há luz e há esperança. E há mágoa, muita mágoa, e mais saudades ainda. E a luz ténue de uma vela é tudo quanto me resta, em quanto procuro conforto. Têm ido embora, um após o outro, ficando apenas aquele imenso vazio.
"Uma por mim. Outra por aqueles que se foram embora, para que encontrem sempre o seu caminho. E outra por quem vai estando, vai ficando e fazendo o seu caminho!" são as palavras que sussurro, enquanto acendo uma vela na minha igreja de eleição num passeio (raro) por Lisboa.
O que é aquela luz, com uma simplicidade e enorme fragilidade, que marca toda uma fé, toda uma ânsia e um desejo de salvação? O que é aquela vela, para quem é que se acende, enquanto as lágrimas escorrem pelo rosto? O que é aquela luz, que fé busco, enquanto, defronte de imagens de Santos e de Budas, faço cruzes com a vela em frente ao meu rosto?
O que é o desejo? O que é amor? O que é a mágoa? O que é este imenso vazio? O que é esta chama, que acendo para quem se foi, para quem está, para mim?
"Uma vela por mim. Outra por aqueles que se foram embora, para que encontrem sempre o seu caminho. E outra por quem vai estando e ficando, fazendo sempre, sempre o seu caminho!"
O que é essa luz, que emana da vela, presente em todos os momentos? Presente em amor, funerais e em falhas eléctricas? É a luz da esperança, do anseio, do quanto se deseja e se ama, mesmo nas horas da despedida. É a luz do bem querer, do ansiar por mais e melhor, mais além. É a ânsia de um presente ou de um futuro melhor, a ânsia de criar um bom momento.
Nem sempre a mágoa é triste, bem como nem sempre a tristeza é mágoa. E como a luz de uma vela serve para a dor, serve, também, para o amor e para a esperança.
O que é aquela luz ténue...? Digam-me.
Texto no âmbito do Desafio de Escrita do Triptofano.
É difícil mencionar alguém, porque o número de pessoas das quais tenho saudades são várias e por vários motivos.
Deixo aqui apenas pequenas palavras de apreço pelas pessoas de quem tenho saudades, dos mortos aos vivos, e um agradecimento por terem feito parte da minha vida. No fim de contas, sentir saudades é isso: quem esteve e se foi embora (pese o facto de "ir embora" significar também ter morrido) e que deixou uma marca suficiente na minha existência, de forma a que pudesse sentir a sua falta quando já cá não estivessem.
Texto no âmbito do desafio 52 Semanas de 2022.
Já que não sinto que tenha algo a dizer sobre este monstro que é a mala feminina, deixo aqui uma personagem que tem um bolso que lembra a mala feminina!
No âmbito do desafio de escrita do Triptofano, fica apenas uma imagem! Um bom fim de semana!
Na verdade, a magia está por todo o lado: no laboratório de um mago, nas palavras que se proferem, nos sonhos que se tem. Está, também, no vento que agita as árvores e as flores, nas noites gastas a conversar com alguém.
É mágico um momento que se parece uma eternidade e que, no fim de contas, fica suspenso nessa mesma eternidade.
É mágico o copo de bebida que se partilha com quem se gosta, por quem se tem carinho ou que, no alto da nossa existência, se bebe a sós, porque somos mais do que nós próprios e tomamos a solidão por liberdade.
A magia está, também, nas ruas de bares que percorro, sozinho, e no passeio onde me sento a saborear algo, enquanto a vida dos demais corre à minha volta.
A magia está no amor que um lugar desperta em nós. Como se o mar de verde das árvores fosse toda a nossa alma e como se o horizonte fosse um desvanecer distante.
Está, a magia, nas memórias do que se foi e n'ânsia do que virá.
Nas palavras que se escrevem. Que se dizem. Nas palavras, nossas, que alguém recorda. Ou nos nossos actos, que despertam uma sensação de carinho.
Na verdade, a magia somos todos nós, quando tocamos o rosto de alguém, quando sentimos o vento tocar o nosso rosto, quando o som da chuva nos desperta as mais doces emoções.
No fim do dia, tudo é mágico, quando o nosso coração está aberto a essa mesma magia.
Texto no âmbito do Desafio de Escrita do Triptofano.
A resposta é a mais simples possível: ainda que me mantivesse em terreno nacional, deixaria esta cidade onde fui criado e rumaria em direcção à aldeia dos meus avós maternos. Há muitos, muitos anos que manifesto esse interesse, mas nunca o fiz: a aldeia não tem transportes, está longe de tudo (o que, para mim, é uma maravilha), o que torna a carta e o carro essenciais para se viver e trabalhar para aqueles lados.
Se eu trocaria a cidade onde fui praticamente criado por uma aldeia praticamente votada ao abandono? Num piscar de olhos.
O lar é onde está o coração!
E lá, naquela terra, é onde está o meu coração.
Texto no âmbito do Desafio 52 Semanas de 2022
O meu estilo já sofreu algumas mudanças ao longo dos anos. Quando era adolescente, o meu estilo era um tanto ou quanto hardcore: era gótico, sempre vestido de preto (ainda é a minha cor favorita), botas de biqueira de aço e chegava mesmo a maquilhar-me de preto - sim, pintava os olhos de preto e carregava bastante a toda a volta, bem como os lábios.
Quando estou a trabalhar, tenho sempre um estilo informal, mas que seja adequado ao trabalho que faço; contudo, prefiro as calças de fato de treino, sweatshirt e os ténis, uma vez que é o género de roupa mais confortável possível. Ainda que caiba num S ou num M, adoro usar roupas XL ou XXL, uma vez que sempre fui bastante magro e ganhei alguns complexos com a a minha magreza.
E é um pouco este o meu estilo, o despreocupado, largado e o mais confortável possível.