Não morri
Tenho andado silencioso nos últimos tempos. A vida não mudou. A rotina não mudou. Mantém-se as coisas na mesma.
Não tenho tido muita vontade de aparecer por aqui ou de escrever. E sei que, no fim de contas, tenho falhado umas quantas semanas aos desafios a que me tenho proposto por aqui.
É, como de costume, madrugada e fumo um cigarro. A cabeça dói-me ligeiramente e marca hoje, dia 22, três anos desde que perdi a minha tia, depois de uns meses dolorosos a caminhar para médicos, a fazer os percursos num SNS já falho, onde um oncologista do mesmo me dizia que, se eventualmente a minha tia entrasse em coma, que a mantivesse em casa, pois o hospital não a aceitaria estando no estado em que estava. De manhã, recebi o telefonema de que tinha falecido de madrugada.
No fim de contas, a vida é sempre a somar, para se subtrair um e outro e outro ainda.