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As Crónicas da Vítima

As Crónicas da Vítima

Sobre escrever e a sensação de futilidade

08.03.24 | Bruno

Às vezes, tento escrever certos textos que, no fim, acabam por soar a futilidade ou estupidez. E apago. Recomeço para dar-lhe o mesmo destino.

Queria escrever sobre manter-me leal à Google, devido a usar o seu sistema operativo no telemóvel, mas acho que ninguém quer saber que desactivei várias das suas aplicações e uso um browser que me poupa o espaço de várias outras e que evita que abra, acidentalmente, sites através de pop-ups irritantes e repentinos. Ou sobre escolher a aplicação do meu serviço de e-mail, ao invés de usar a multifacetada aplicação do Gmail - onde não tenho conta. No fim, soa-me tudo a fútil e, quiçá, desnecessário.

Hoje, fui ao hospital para fazer um exame que não fazia há uns anos. Para casa, voltei a pé, parando ainda em casa de uns amigos, numa caminhada de uns 10 KMS. No próximo mês, tenho a primeira consulta de psiquiatria em mais de dez anos. Da mesma forma que me expresso neste texto e resist a fazê-lo, também a redes sociais são o meu escape ansioso: sigo e deixo de seguir até à exaustão.

Às vezes, quero escrever, mas a minha mente parece um furacão. Passam muitas ideias e sensações diminutivas auto-infligidas. Auto-boicote. Talvez por isso, não consiga avançar do ponto em que me encontro. Talvez por isso.

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